Formigas parasitas executam sua própria rainha em aquisições brutais de colônias

8

Uma descoberta assustadora revela que algumas espécies de formigas podem ser manipuladas para matar a sua própria rainha, um comportamento raramente observado no reino animal. Os investigadores documentaram esta aquisição parasitária com provas de vídeo perturbadoras, mostrando como uma rainha estranha orquestra um golpe mortal em colónias inocentes.

A infiltração parasitária

O esquema é executado por rainhas de espécies como Lasius orientalis ou L. umbratus, que infiltram colônias de L. flavus ou L. japônico. Esses intrusos não dependem da força; em vez disso, exploram a dependência das formigas no reconhecimento de cheiros.

De acordo com o ecologista comportamental Keizo Takasuka, da Universidade de Kyushu, “as formigas vivem no mundo dos odores”. Antes de entrar no ninho, a rainha parasita se camufla cobrindo seu corpo com o cheiro da colônia hospedeira, garantindo que não seja imediatamente identificada como inimiga.

O Ataque Químico

Uma vez lá dentro, a rainha parasita lança um ataque calculado. Ela repetidamente borrifa jatos de fluido de um acidoporo – uma abertura especializada – visando a rainha residente. Os pesquisadores suspeitam que esse fluido seja ácido fórmico, uma potente arma química.

Este não é um ataque aleatório. A rainha parasita explora os mecanismos de defesa da própria colônia hospedeira contra intrusos. Ao inundar o cheiro da rainha com ácido fórmico, ela engana as formigas operárias para que percebam sua mãe como uma ameaça.

“As formigas parasitas exploram essa capacidade de reconhecer odores borrifando ácido fórmico para disfarçar o cheiro normal da rainha com um cheiro repugnante. Isso faz com que as filhas, que normalmente protegiam sua rainha-mãe, a ataquem como uma inimiga”, explica Takasuka.

A conquista do poder

Depois que a rainha residente é morta, a rainha parasita assume o controle. Ela começa a botar seus próprios ovos e, surpreendentemente, as formigas operárias aceitam a nova matriarca sem resistência. Eles cuidam obedientemente dos descendentes do parasita, garantindo a sobrevivência da linhagem invasora.

O parasita não é descuidado; ela recua rapidamente após cada ataque, ciente de que o ácido fórmico é igualmente perigoso para ela se detectado pelos trabalhadores hospedeiros.

Este fenómeno realça a eficiência brutal da guerra de insectos, onde o engano e a manipulação química podem derrubar sociedades inteiras. O facto de as formigas – criaturas sociais baseadas na cooperação – poderem ser tão facilmente enganadas e levadas ao matricídio sublinha o pragmatismo implacável da selecção natural.

É um duro lembrete de que mesmo em ecossistemas aparentemente estáveis, intrigas mortais estão sempre em jogo.