Hubble captura nova imagem impressionante da galáxia inclinada NGC 4388

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O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA apresentou uma nova imagem deslumbrante de NGC 4388, uma galáxia espiral posicionada a aproximadamente 59 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Virgem. Esta última imagem revela uma pluma de gás nunca antes vista ejetada do núcleo da galáxia, fornecendo aos astrónomos novas informações cruciais sobre a dinâmica dos enxames galácticos.

Descoberta e características

Originalmente observada por Sir Wilhelm Herschel em 1784, a NGC 4388 (também conhecida como LEDA 40581 e IRAS 12232+1256) mede 120.000 anos-luz de diâmetro. O seu brilho notável torna-a uma das galáxias mais proeminentes do Aglomerado de Virgem – uma enorme coleção de mais de 2.000 galáxias. Os astrônomos a classificam como uma galáxia ativa devido ao seu núcleo central energético.

Perspectiva incomum revela detalhes ocultos

O que diferencia a NGC 4388 é a sua inclinação extrema em relação à Terra. Esta imagem de perfil, captada com uma clareza excecional pelo Hubble, mostra um fenómeno impressionante ausente nas imagens anteriores de 2016: uma pluma ondulante de gás fluindo do núcleo da galáxia em direção ao canto inferior direito da imagem.

O mistério da saída

A origem e a natureza brilhante desta pluma de gás permanecem sob investigação. A teoria prevalecente centra-se no movimento da galáxia através do meio intraenxame do Aglomerado de Virgem – uma vasta rede de gás quente que preenche o espaço entre as galáxias.

À medida que a NGC 4388 viaja através do aglomerado, ela interage com este gás quente, retirando material do seu próprio disco. Esta interação cria uma pluma à medida que a galáxia avança. A fonte de energia que ioniza o gás ainda é debatida; um buraco negro supermassivo no centro da galáxia é um dos principais candidatos, com o seu disco sobreaquecido potencialmente alimentando o processo de ionização.

O papel dos aglomerados galácticos

O estudo de galáxias como NGC 4388 em ambientes densos de aglomerados fornece pistas críticas sobre a evolução galáctica. Estas interações com o meio circundante moldam a forma como as galáxias perdem massa e formam novas estrelas. A dinâmica de aglomerados como Virgem é essencial para a compreensão da evolução mais ampla do universo.

“Compreender como as galáxias interagem com o seu ambiente é fundamental para decifrar os processos complexos que impulsionam a evolução cósmica”, sugerem os astrónomos do Hubble.

A nova imagem do Hubble da NGC 4388 acrescenta outra peça a este puzzle, mostrando as poderosas forças em jogo nas vizinhanças galácticas mais populosas do Universo.